Uma
seara em palavras
Algumas
doces, outras amargas
Traçando
linhas como lavras
Fazendo
em letras adagas e adargas
E
assim fui por quinhentas vezes
Descrevendo
horrores e encantos
Em
monocromos ou ricas matizes
Entre
alegrais e prantos
Acalentando
a verdade
Acareando
a mentira
Buscando
a felicidade
Balançando
entre o amor e a ira
Hoje o
poeta pede uma pausa
Mas
não se trata de letargia
Meu
silêncio é por uma boa causa
E pode
ser quebrado pela nostalgia