quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estrada de Ilusão

Meio dia de verão
Asfalto derretendo
Tremeluz o chão
O Bruto correndo
 
Vinte horas sem dormir
Pela pressa em chegar
Nunca querendo admitir
Que preciso muito parar
 
A vista cansada
O corpo doendo
A falta da amada
O sono batendo
 
Sigo firme pela estrada
Mas essa é uma ilusão
Uma curva acentuada
O Bruto na contramão
 
Aço sendo rasgado
Vidros estilhaçados
Sangue derramado
Corações parados
 
Escuridão
A dor atormenta
Mutilação
Uma morte lenta
 
Penso na amada
Arrependimento
Por uma parada
O último lamento

domingo, 28 de outubro de 2012

O Mago das Armas

Meu corpo é feito de espadas
Meu sangue é de ferro fundido
Minhas mãos sempre armadas
Meu coração é de vidro partido
 
Este corpo não é nada
É apenas uma espada
 
Superei inúmeros campos de batalha
Sem derrotas e sem jamais recuar
Aos inimigos dou apenas a mortalha
Ninguém jamais me pode subjulgar
 
Este corpo não é nada
É apenas uma espada
 
Sempre sozinho na colina de espadas
Sem jamais ter sido compreendido
Intoxicado com as vitórias passadas
Assim essa vida não tem um sentido
 
Este corpo não é nada
É apenas uma espada
 
Eu sou o osso da minha espada
Desconhecido para a Morte
Nem conhecido para a Vida
Essa tem sido a minha sorte
 
Este corpo não é nada
É apenas uma espada
 
Minha carne e feita de aço
Meu sangue é feito de fogo
Mais de mil lâminas eu faço
Com a magia que eu rogo
 
Este corpo não é nada
É apenas uma espada
 
Tenho resistido à dor
Criando essa matrix
Evocando com louvor
Unlimited Blade Works

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Rei da Noite

Ele era o Rei da Noite
Vivia somente o agora
Festas eram seu aloite
Curtindo mundo afora
 
Mulheres ele consumia
Uma questão de prazer
Bombas com academia
Era a sua razão de viver
 
Ele chegou ao ponto crítico
Em que o álcool era pouco
E o sexo tornou-se somítico
Indo as drogas como louco

A razão foi sendo perdida
Sua realidade foi mudando
Adotou uma vida bandida
Por mais drogas roubando
 
Os amigos ele perdeu
A beleza o abandonou
Sua saúde se rompeu
E a festa agora acabou
 
Uma dose a mais do dia
A mente vagando iludida
Foi uma além da medida
Overdose, no papel se lia.
 

domingo, 21 de outubro de 2012

Mundo Afora

Quero uma longa estrada
Viajar sem um rumo certo
Dormir naquela hibernada
Que a sorte me traz perto
 
Conhecer todas as belezas
Que Deus pós neste mundo
Experimentar as incertezas
Que as curvas têm ao fundo
 
Ver de perto as maravilhas
Das quais muitos já falaram
Ir para além de Tordesilhas
Seguir onde outros ficaram
 
Dobrar o cabo da esperança
Subir na montanha mais alta
Guardando cada lembrança
Com alma de criança peralta
 
Caminhando sem pressa
Observando as estrelas
Até que o sol alvoreça
Pintando mais aquarelas
 

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Evolução

Os sinos tocam
Sinos de vento
Todos invocam
Renascimento
 
Velhos símbolos
Novas fórmulas
Novos apóstolos
Velhas fábulas
 
Magia fluindo
Conhecimento
Mundo fugindo
Esquecimento
 
Velhos conceitos
Reformulando
Novos preceitos
Evolucionando
 
Resgatando
Eras passadas
Preparando
Eras douradas
 
Uma nova ordem
Um velho mundo
Guerras dormem
Coma profundo
 
 

domingo, 14 de outubro de 2012

Fruto Valioso

Eu te dei meu coração
Como se ele fosse um fruto
Motivado por tua ilusão
Um engodo doce e absoluto
 
Eu era apenas teu brinquedo
Mais um em tua farta coleção
Tiraste proveito de meu medo
Prendendo-me com a solidão
 
Pisaste sobre o meu ego
Usara os meus contatos
Pois por amor fiquei cego
Não enxergava os fatos
 
Mas um dia a ilusão caiu
E uma dor forte apareceu
Mostrando-me todo ardil
Em que você me meteu
 
Sofri com a desilusão
E chorei arrependido
Mas aprendi essa lição
Não serei mais iludido
 
Agora eu guardo meu coração
Como uma joia única e valiosa
Conquistá-lo hoje é uma missão
Para mulheres de alma valorosa
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Coragem de Viver

Viver intensamente
Um ato de coragem
Objetivo em mente
O medo é bagagem
 
Buscar a felicidade
Entre erros e acertos
Evitando a vaidade
Corrigindo os defeitos
 
Pegue o que desejas
Sem tirar o de outrem
Entre tudo que almejas
Busques fazer o bem
 
Evite o caminho fácil
Ele fica caro no final
A liberdade é grácil
Seu esteio é a moral
 
Sofrimento é inevitável
Perder-se nele é opção
Vontade inquebrantável
Derrota é ficar no chão
 
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Eleição Zumbi

Vejo o povo em um dilema
Participando de um jogo
Do qual não vale a pena
 
Um jogo de novas marionetes
Com mestres de alma pequena
Que vão governar por bilhetes
 
Antigos maus governantes
Que graças a uma ficha
São mortos cambaleantes
 
Agora são vampiros do poder
Não podem sair ao sol da lei
Estão sempre a se esconder
 
Então criaram fachadas
Para deter o poder
Atrás de portas seladas
 
Que cada voto seja uma oração
Que cada urna seja um exorcismo
Para a cidade não cair nesta maldição
 
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Amarras de Amor

Tu és meu ar
Meu alimento
Faz-me arfar
És meu alento
 
Sem ti não vivo
Apenas vegeto
Sou seu cativo
Um mero objeto
 
Correntes de amor
Amarras de paixão
Tua ausência é dor
Confusa sensação
 
Sem o teu calor
Eu só sinto frio
Sem o teu amor
Eu caio no vazio
 
Fique bem por perto
Pegue-me bem forte
Deixe-me desperto
Ame-me até a morte
 
Perca-me em tua pele
Funde-me em tua alma
E que o tempo congele
Na noite gelada e calma


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