quarta-feira, 25 de julho de 2012

Cavalgada

Correndo
De encontro ao vento
Pelo simples prazer do movimento
 
O mar
Bem perto deve estar
Pelo cheiro que sinto no ar
 
Relva verde
Montanhas brancas
As águas vertendo das barrancas
 
Primavera
A vida em despertar
Para quem viu o inverno passar
 
A Manada
Alegre agora está
Pelas novas vidas que Deus nos da
 
Os filhotes
Estão por nascer
Como a relva esta a crescer
 
A Vida
Sempre a continuar
Nas novas vidas que estão a chegar
 
Livres
Pelos campos a galopar
Sentindo no vento o cheiro do mar
 
 

domingo, 22 de julho de 2012

Preta Velha

De longe ela vem
Colhendo com carinho
As ervas que tem
Na beira do caminho
 
Seus passos são lentos
Mas determinados
Seus olhos são atentos
Pela fé iluminados
 
Ela parece andar sozinha
Mas só ela não está
Com suas correntes caminha
Iluminados seres de acolá
 
Esta sempre a atender
Os que buscam a caridade
Sem distinção fazer
Combatendo a maldade
 
Sua sabedoria é antiga
Seu dom de outra esfera
Uma velha alma amiga
Que aqui viveu noutra era
 
Seu instrumento é o pito
Sua benção na fumaça
Desfazendo o mal feito
Dissolvendo a desgraça
 
Peço a sua benção
E um bom vaticino
Pela santa interseção
Da Bandeira do Divino
 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Jornada

Deitado sobre as estrelas
Sinto o vento passar
Com perfume de macelas
Que estão a desabrochar

Vejo cada ponto de luz
Mais antigo que nosso mundo
Que ao passado me conduz
Um mergulho profundo

Lembro-me de dias claros
De doces sabores e venturas
De momentos tão raros
Com amores e ternuras

Olho com saudades
Essa inocência perdida
Nestes dias de maldades
De honestidade esquecida

Queria reviver cada segundo
Saborear cada momento
Mas esse mergulho profundo
Não me traz nenhum alento

Hoje passo meus dias lutando
Para uma nova vida conquistar
Ter novos momentos amando
E novas venturas saborear

domingo, 15 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Lobisomem

Caminha solitário
Sobre a luz da lua
Eterno fadário
Pela noite nua

Sobre quatro patas
Esquecida alma humana
Percorrendo as matas
Uma vida profana

Sente o cheiro doce
De jovens inocentes
Um prazer precoce
Percorre seus dentes

A razão perdida
Na fome maldita
Caçada homicida
A vítima grita

Um grito humano
Que ressoa na alma
Do ser profano
Que come com calma

Saciada a fome
A fera volta a correr
E quando a lua some
Ela vai adormecer

Outra vez homem ao amanhecer
Um sofrimento agudo lhe vem
Pois mesmo sem a fera conhecer
Sabe que matara mais alguém

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domingo, 8 de julho de 2012

Valores Brasileiros

Onde estão nossos valores?
Nunca foram criados?
Estão perdidos entre favores?
Ou fomos amaldiçoados?
 
Temos mas não usamos?
Estamos acomodados?
De todos eles desistimos?
Ou somos acovardados?
 
Onde esta o “Brado retumbante”?
Cadê o “filho teu que não foge à luta”?
A política segue sempre repugnante
E a corrupção forte e absoluta
 
Os aliados passados
São novos inimigos
Entre novos aliados
Estão velhos inimigos
 
Conveniência pelo poder
Conchavos da sobrevivência
O eleitorado olha sem ver
Acreditam na falsa aparência
 
Igualdade
Conquista-se com braço forte
Liberdade
Desafia o peito à própria morte
 
Que falta faz a cidadania
Quando se é “Penta”?
Na abandonada periferia
De “Libertadores” se alimenta?
 
Uma nação de heróis medíocres
Promovidos por um tal de Bial
Uma nação banhada em ocres
Pela violência sempre banal
 
Vergonha e atitude
Coisas que deveríamos usar
Ética e virtude
É o que nos falta praticar


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