sábado, 31 de maio de 2014

Depois da Chuva

Agora não vejo o sol nem sinto seu calor
Mas após a chuva o arco-íris sempre vem
E com suas cores vou aplacar minha dor
Pois com a chuva lágrimas sempre vertem


Escondo minhas lágrimas na chuva
Encharcando meus pés e minha alma
Dor que me ronda feito uma frouva
Devorando minha felicidade na lama

Lágrimas quentes na chuva fria
Segredo que o céu cinzento mantém
Nascido da falta que sinto de alguém
E a dor frouva me bica na agonia

Agora não vejo o sol nem sinto seu calor
Mas após a chuva o arco-íris sempre vem
E com suas cores relembrarei do amor
Que apenas os teus abraços contêm


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Provas de Amor

Prove de uma vez por todas, agora
O quanto você me ama realmente
Mostre-me seus sonhos nesta hora
Não quero mais palavras somente
 
Acredite cada vez mais em si
Tanto quanto eu acredito em ti
Nossos corações já se conheceram
Em meandros que os desejos teceram


Contigo o mundo é mais brilhante
Até as estrelas largam a solidão
Nosso sonho antes tão distante
Está agora na palma de tua mão

Prove-me de uma vez por todas, agora
O quanto você me ama realmente
Vivamos o sonho em tua mão nesta hora
Queimemos na chama deste amor ardente



domingo, 25 de maio de 2014

Razões Para...

Quero ouvir os desejos de seu coração
E confiá-los ao estrelado céu noturno
Palavras doces que brilham na imensidão
E que afloram no momento oportuno

Seu sorriso brilha como as estrelas
Luz sublime que cruza a eternidade
Dissolvendo sombras com a felicidade
Erigindo sonhos como cidadelas

Amor tão sublime que lhe traz lágrimas
Entregá-lo; transportá-lo em suas asas
As inseguranças perderás em meus braços
Matando a dor como quem desfaz laços

Eu percebi pela primeira vez meu sentimento
Escutando o batimento entre seus seios
Quero cumprir todos os seus anseios
Sendo apenas teu em cada momento

O vento traz consigo uma nova estação
Mas não precisa temer esta mudança
Mesmo na escuridão acha-se a esperança
Basta que haja luz em seu coração

A razão para estas lágrimas incontroláveis
É a felicidade que adentra tuas portas
Devolvendo a vida para tuas asas mortas
Voe comigo pelas estrelas incontáveis

A partir da espiral de destinos sobrepostos
Nós só precisamos encontrar nosso caminho
Repartindo sempre, tanto o pão quanto o vinho
Pela força de nosso amor sempre dispostos

Pela probabilidade de uma em cem milhões
Um cruzamento de milagres nos liga agora
Deixe-me abraçar-te sem demora
Pondo fim em todas as ilusões

Amor tão sublime que lhe traz lágrimas
Entregá-lo; transportá-lo em suas asas
Ficar sem ti já não posso suportar
Um amor sem fim que começa a brilhar

terça-feira, 20 de maio de 2014

Perseguindo Sonhos



Os meus sonhos eu perseguia
Perdido na floresta de meu coração
Sem ter sequer uma estrela guia
Para mostrar-me a melhor direção


Vagava com um sorriso distorcido
Que vi mesmo sem espelhos
Pela brilhante primavera refletido
Entre tons amarelos e vermelhos

As lágrimas que derramei
Ouro e prata não se tornarão
Apenas dores que semeei
E que jamais germinarão

Os meus sonhos eu perseguia
Superando o que sequer imaginava
Sem ter ao menos uma estrela guia
Sem perceber o quão forte eu ficava

Um herói que enfrenta a tudo
Com a chama de seu coração
O amor é seu escudo
Como espada verga a razão


domingo, 18 de maio de 2014

Sacrílego

Dias secos e sem cor
Movidos só pelo rancor
O ódio sempre à espreita
Nutrido pela razão eleita
Sem lógica ou justificativa
Pondo veneno na saliva

Deseja a morte sem descanso
Prefere a corredeira ao remanso
Atormentando tudo que tem vida
Provocando em tudo uma ferida
Uma alma que perdeu o encanto
Um coração que secou o pranto

Os ouvidos não mais escutam
Os olhos não mais enxergam
Punhos e pés apenas lutam
Os lábios só ofensas vergam
Os pobres tolos retrucam
Enquanto os sábios abdicam

Palavras não o acertam
Gestos não o alcançam
Fechado para o universo
Morto para o progresso
Vítima do próprio ego
Faz de si um sacrílego



 .

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Arrepio


Nós acabamos com absolutamente tudo
Com tudo o que dava certo entre nós
Pois ambos gostávamos de brigar pelo todo

E nós revolvemos absolutamente todas
Com todas as feridas que existiam entre nós
Pois ambos queriam nossas almas sangradas

Mas eu amava o jeito que você me olhava
E sinto falta do jeito que você me fazia sentir
Quando a sós com você eu estava

As lembranças me trazem o arrepio que costumava ter
E eu o deixo percorrer minha pele só por você
E o tenho de novo como costumava ter
Apenas por lembrar-me de você

E todos os bons momentos nós roubávamos
Cada momento que tínhamos para fazer o outro se sentir mal
Esperando nos transformar no que conhecíamos
Mas nenhum dos dois conseguiu tornar-se real

E eu amava o jeito que você me olhava
E sinto falta do jeito que você me fazia sentir
Quando a sós com você eu estava

Então eu vou ter um arrepio como costumava ter
E eu o deixarei percorrer minha pele só por você
Vou ter de novo um arrepio como eu costumava ter
Apenas por lembrar-me de você

Eu queria que nós pudéssemos voltar ao passado
Para aprendermos a viver do jeito certo
Deixar o tempo apagar tudo que fizemos de errado

Até quando vou ter um arrepio como costumava ter
Até quando eu o deixarei percorrer minha pele só por você
Até quando vou ter de novo um arrepio como costumava ter
Apenas por lembrar-me de você















segunda-feira, 5 de maio de 2014

Alternativas

Tu te renegas feito um tolo
Temendo o que mais anseia
Provocando em ti um dolo
Prendendo-se na própria teia
Julga-te pela visão dos outros
Cujos saberes são tão poucos
Semeando a própria infelicidade
Vivendo sempre em contrariedade

Aceite-se a si mesmo
Ninguém o fara por ti
Os amigos ficarão aqui
O ódio seguirá a esmo
Como sempre tem feito
Com o que não é aceito

A felicidade não é uma dádiva
A infelicidade é apenas opção
Tudo depende só da tua ação
Sempre haverá uma alternativa


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sábado, 3 de maio de 2014

Renegada Paixão

Palavras soltas sem um enredo
Ditadas a esmo pela força do medo
Tentativas frustradas de uma defesa
Visando renegar o que mais deseja
Basta um toque e o coração dispara
O certo e o errado fazendo algazarra
Turbilhões colidindo sem interação
Entre vontades, coragem e intenção
A boca nega mas o corpo anseia
A incerteza é apenas uma ilusão
Amor e ódio a razão permeia
Sem saber se é luz ou escuridão
A mente foge mas o corpo fica
Gemidos e suspiros são plantados
Com lágrimas e suor são regados
No torpor desaba a integridade
A vergonha nasce na saciedade
E a dor em vício se modifica
Sofrendo com sua felicidade


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