sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Sem Adeus no Fim




Feito neve que não derrete por completo
Por seguir entre sombras escondida
Eu carrego esse sentimento irrequieto
Que não morreu com a tua partida

Com quais palavras poderei encerrar esse amor?

Tudo o que tu eras perdeu o amanhã
E segues agora vagando na eternidade
És minha fonte infinita de saudade
Que não deixa o sol nascer pela manhã

De que maneira poderei finalizar essa dor?

Como um feitiço que não se desfez
Ou uma maldição sem antídoto
Em meu coração a escuridão se fez
Tão fria e pesada quanto um epídoto

Em que futuro irei encontrar a felicidade?

Lágrimas geladas caem de minha face
Que se cristalizam sob esse céu tão frio
Um verter selvagem que finge ser gentil
Amargas sequelas de um desenlace

Em qual lugar eu vou achar a serenidade?

Mesmo que todo o teu ser perca a forma
Tu para sempre vais estar dentro de mim
Enquanto sigo sem rumo e sem norma
Pois me impediste de dizer adeus no fim