segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Goodbye Dream and Way of Life

O direito está para dentro
O avesso está para fora
Da Terra se faz epicentro
A natureza ela só explora

Agigante-se sobre si mesma
Sem temer o próprio colapso
Corre cega para a apotelesma
Que no tempo é só um lapso

Um buraco negro anunciado
Na gravidade neocapitalista
O dito morto será “ressuscitado”
Em uma nova era estadista

O sonho devorado por suas serpentes
O caminho de vida trilhado até a morte
Haverá choro e ranger de dentes
O mundo abandonado a própria sorte

Alianças e choques de sobreviventes
Muitos felizes e outros descontentes
Um mundo de novas e velhas vertentes
Pleno de liberdades e opções latentes


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A Súcuba

Intentas solitária pelo mundo
Vergando palavras sem sentido
Perturbando o sossego moribundo
De quem não atina o tempo perdido

Sofres pela esquerda e pela direita
Rogando pragas de fossos profundos
Julgando o mundo como sendo perfeita
Desvirtuando teus reflexos imundos

Deliciasse da desgraça alheia
Da sorte queres um triunfo
Desdenhas da morte que te anseia
Desejas o amor sem ter o trunfo

Nada cresce em teus passos
O sal aflora pelas grotas
O pó preenche os poços
O fogo emerge das brotas

És o horizonte de eventos
O lugar onde a esperança falece
O terror dos últimos momentos
A hora da derradeira prece

Para os incrédulos um fascínio
Para os caídos uma perdição
Para os temerosos um vaticínio
Para os virtuosos uma tentação



.

sábado, 19 de outubro de 2013

Black Bloc

Por que eles usam máscaras?
Para provocar o medo?
Ou porque sentem medo?

Ganham as ruas e praças
Para desafiar o governo?
Ou para criar desgoverno?

Destroem o público e o privado
Para punir os erros?
Ou para ouvir os berros?

Suas motivações são legítimas?
Ou não passam de intenções escusas?
Qual a verdade atrás das máscaras escuras?

São joguetes nas mãos da mídia?
São peões da oposição?
Ou soldados da situação?

Provocam medo no cidadão
Que só, refugia-se na inação
Mas com outros ele forma uma nação
E de posse dessa percepção
Todos unidos farão revolução
E os que vergam máscaras escuras
Serão todos varridos das ruas



.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mais Rimas Pelas Tuas Crônicas

É difícil estimado escritor
Argumentar apenas com rimas
Mesmo assim irei compor
Mais “finais sinônimos”, como afirmas

Quero lhe dar os parabéns
Por criar teus próprios caminhos
Está é uma coragem que tens
E os corajosos caminham sozinhos

Uma solidão recheada de dissabores
Pois ela desperta o pior nos piores
Prepare-se para muitas dores
Que serão cada vez maiores

Não vá pensar que faço vaticínios
Apenas observo atendo a humanidade
Montando uma coleção de escrutínios
Classificando-os pela sua variedade

Assim nada mais me é surpreendente
Sigo vendo o futuro repetindo o passado
É de outro poeta essa verdade eloqüente
Mas tomo a liberdade de usar esse legado

A palavra medo rima com muitos vocábulos
Mas sempre pela ausência de fé é conjugada
E em muitos corações de hoje a fé foi alijada
Pelo fanatismo que brota em vários tabernáculos

Tu te descreves como um não crente
E sente-se frustrado pela cegueira alheia
Essa frustração é nada além da semente
De amor ao próximo que a divindade semeia

Com tempo descobrirás essa verdade
Em algum ponto entre hoje e a eternidade
Apenas faça a felicidade vir de dentro para fora
Pois no caminho inverso ela não se demora



.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ao Estimado Escritor Altruísta...


Lendo tuas belas palavras
Regadas de compaixão humanista
Percebi que tua alma tem tantas lavras
Quanto a deste poeta maniqueísta

Mas não me julgues como inclemente
Sem amor a humanidade não se faz poesia
É que as vezes o amor tem que ser exigente
Libertando a dor que consome a letargia

Lembre-se da parábola do filho pródigo
Ou do sábio que mata a vaca para que o camponês progrida
Também não é minha intenção ditar um código
É livre o arbítrio para que cada um conduza a própria vida

Eu auxilio aqueles que pedem sem falar
E também à todos que imploram pelo olhar
Mas por aqueles que não querem ver as próprias necessidades
Eu apenas rogo à Deus que nos concedam as oportunidades

Só podemos salvar quem quer salvação
Perdão sem arrependimento não gera remissão
Por isso abandonemos a esses cegos
Que são aleijados pelos próprios egos



Caros leitores.
Vejam aqui a resposta do escritor.

domingo, 6 de outubro de 2013

Abandonemos a Esses Cegos


Não percais vossos tempos
Com esses cegos que não querem ver
Eles são dos piores rebentos que a humanidade poderia ter

Deixai-vos com suas ilusões
Egos inflados de falsas grandezas
Lealdades fúteis inundaram os seus corações

Deixemo-los tropeçarem nos próprios erros
Quem sabe assim abrirão seus olhos para a realidade
Chacoalhar-les os ombros só nos trará dor e temeridade

Estão felizes em seus engodos
Tentar mostrar-lhes a verdade só rendera ira e transgressão
Deixemo-nos caminharem para o matadouro como gado que são

O pior cego é aquele que não quer ver
Mas mais tolo é aquele que quer levar luz à uma falsa escuridão
Ganhará o ódio do enganado e ficará na mira do autor da enganação

Se o próprio Deus falou
“Ajuda-te que Eu te ajudarei”
Quem és tu para oferecer auxílio a quem não solicitou?

Abandonemos a esses cegos
Aqueles que são aleijados pelos próprios egos  
Abraçando a escuridão como uma tábua de salvação

.
Caros leitores de Poesias Amadoras.
Este poema recebeu uma resposta em proza, por quem pediu-me para criá-lo.
Clique aqui para ler.
     

Maldita Matraca

Ela não para
Um eterno matraquear
Uma única nota ela declara
Sem nunca se cansar
Enchendo meus ouvidos
No cérebro a martelar
Os ossos do peito doidos
O coração pela boca querendo saltar

A mesma nota
Sempre e sempre sem parar
Apenas uma autômata
Repetindo o que vem de outro lugar

Queria mandá-la para a ponte que caiu
Livrar-me de sua persistência vil
Mas inalcançável ela está
E a dor no peito quase explodindo
Trazendo a tosse de um nervosismo contido
Sem poder sair de lá
Então tomei um Ocadil
Um ato desesperado e sem receita
Que ao bom senso rejeita
Para poder continuar naquele covil

A matraca ainda persistiu
Mas a química à consumiu
A dor no peito sumiu
Tornando suportável ver o dia acabar
Mas assim não quero continuar
Não sei se troco oito por seis
Ou se vou embora de vez
E outra matraca poderei encontrar
Ficando tudo no mesmo lugar


.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Princesa do Oriente

Ó princesa que vem do oriente
Iluminando a noite em prata
Faça a sorte ser sorridente
Nesta noite de doce serenata

Ó princesa que vem do oriente
Trazendo consigo a maré alta
Traga amor ao coração carente
Nesta noite que a primavera exalta

Ó princesa que vem do oriente
Pelas damas da noite perfumada
De vigor para toda semente
Para crescer na manhã ensolarada

Ó princesa que vem do oriente
Vestida com a brisa salgada
Liberte a esperança latente
Em cada alma alquebrada

Ó princesa que vem do oriente
Escoltada por miríade de lumens
Proteja a quem está dormente
Sonhando voar entre nuvens

Ó princesa que vem do oriente
Admirada pelos casais apaixonados
Acalente-os após o amor ardente
Para que continuem enamorados


.