domingo, 30 de setembro de 2018

Elegendo Rejeitos


Disposto à sua frente só aparece o que não está querendo
Dedos em riste tentando provar quem é o menos pior
E a audiência não sabe o que é para si o melhor
Entorpecidos entre favores e verbas vão sobrevivendo
Enquanto no macro a máquina os vai moendo

Não param para ver quem é que está lucrando
Já não sabem a diferença entre maldade e descaso
Parar para pensar já não vem mais ao caso
Seguem ilusões que eles mesmos vão criando
E a nação trilha em passos largos para o ocaso

A Juventude já atravessou as perdições
E em silêncio encalhou na desesperança
Aguarda meteoros ou anjos da vingança
Ouvindo músicas que carecem de emoções
Regadas a drogas, sexo e matança

 A religião não redime, somente explora
A fé não tem valor onde o perdão tem preço
E onde a salvação virou sinônimo de sucesso
Os pastores são ouvidos, mas Deus nada declara
No lugar do rebanho tem apenas a manada

E a manada engorda a massa de manobra
Disposto à sua frente só aparece o que não está querendo
Dedos em riste tentando provar quem está vencendo
Mas o conluio entre todos é sua oculta grande obra
E eles seguem moendo a massa de manobra

sábado, 18 de agosto de 2018

Saudades de Ontem



Vejo dias sombrios
Onde o ontem foi melhor que hoje
Onde a saudade é maior que a tristeza
Onde a vida perdeu a sua beleza
Onde a escuridão sofre metagoge

Por que o passado é melhor que o presente?
Por que o futuro se fez de ausente?
O martírio não trouxe a salvação
O arrependimento não gerou remissão

Queria eu voltar para o ontem
Dias em que tudo tinha conserto
Dias de inocência e esperança
Dias de um mundo ainda criança
Dias em que o honesto era certo

Mas a ética morreu antes dos biomas
E a coragem caiu antes das estrelas
Hoje o mundo é dos espertos
E todos os destinos são incertos


sexta-feira, 23 de março de 2018

“Políticos”



Uma visão distorcida traz um ideal de realeza
Uma que diz: "Nada mais importa!"
Pureza sem limitações é a verdadeira beleza
Irracionalidade sem comporta

“Se retirarmos todas nossas internas restrições
Viveremos grandes momentos de satisfações”

Pouco importam as conseqüências
Um destino pervertido de prazer
Entre tudo ou nada só aparências
Apostam a alma entre viver e morrer
Inocentes dançam nas incoerências
Às vezes com dor, noutras com prazer

Os infernos na pele acabarão sentindo
Desviando e roubando
Enganando e perseguindo
Matando e revelando

Instintivamente desejam pensamentos sedentos
Uns que dizem: "O que importa é o agora!"
No momento em que queimam e desaparecem se acham tão bonitos
Zombam da racionalidade na aurora
Rasgando as vestes costuradas com a razão
Tocando-se com desejos loucos e paixão

A paz é sem sentido e o caos é a verdadeira liberdade
Um punhal que até a própria carne penetra
Vivendo ou morrendo descartam a pele da sanidade
Mostrando a cor de suas almas canhestras
Juntando-se uns aos outros com dor e virilidade

Os infernos na pele acabarão sentindo
Desviando e roubando
Enganando e perseguindo
Matando e revelando

“Por fim, caindo no fundo e lutando de verdade
Podemos encontrar a luxúria que realmente desejamos! ”

Pouco importam as conseqüências
Um destino pervertido de prazer
Entre tudo ou nada só aparências
Apostam a alma entre viver e morrer
Inocentes dançam nas incoerências
Às vezes com dor, noutras com prazer

Os infernos na pele acabarão sentindo
Desviando e roubando
Enganando e perseguindo
Matando e revelando