Feito neve
que não derrete por completo
Por seguir entre
sombras escondida
Eu carrego
esse sentimento irrequieto
Que não
morreu com a tua partida
Com quais
palavras poderei encerrar esse amor?
Tudo o que
tu eras perdeu o amanhã
E segues
agora vagando na eternidade
És minha
fonte infinita de saudade
Que não
deixa o sol nascer pela manhã
De que
maneira poderei finalizar essa dor?
Como um
feitiço que não se desfez
Ou uma
maldição sem antídoto
Em meu
coração a escuridão se fez
Tão fria e pesada
quanto um epídoto
Em que
futuro irei encontrar a felicidade?
Lágrimas
geladas caem de minha face
Que se
cristalizam sob esse céu tão frio
Um verter selvagem
que finge ser gentil
Amargas
sequelas de um desenlace
Em qual
lugar eu vou achar a serenidade?
Mesmo que
todo o teu ser perca a forma
Tu para
sempre vais estar dentro de mim
Enquanto
sigo sem rumo e sem norma
Pois me impediste
de dizer adeus no fim