quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oceano

Estou descalço em pé
Defronte ao oceano azul.
A areia molhada pela maré
E uma brisa suave vem do sul.
 
Sinto o cheiro de sal
E vejo o sol nascendo.
Uma cena tão surreal
Em dourado crescendo.
 
Desaparecem as estrelas do céu
E a lua se põe em minhas costas.
Findando a noite feito carrossel
Pela Terra dando voltas.
 
Os pássaros saúdam o amanhecer
Com rasantes sobre as ondas.
Buscando nelas o que comer,
Pais dedicados fazendo rondas.
 
Caminho até a arrebentação
E sinto a água morna na pele.
O som das ondas como oração
Pedindo a Deus que Se revele.
 
A areia foge sobre meus pés,
A água atrasa meus passos.
Conchas trazidas pelas marés
Brilham inteiras ou em pedaços.
 
Nuvens e barcos no horizonte surgem,
Navegam calmos pelo beijo azul.
Somente o destino sabe o que trazem
De suas viagens pelos mares do sul.

Sinto a paz que habita a praia,
Tão simples e tão deserta.
Da minha alma quero que ela subtraia
Toda dor que ao mal desperta.
 
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