No profundo vazio de minha alma
Formando uma poça turva
Que reflete minha dor sem forma
Ela não olha nos meus olhos
Ela não escuta meus lamentos
Alimenta-se de meus sofrimentos
Aprisionando-me sem ferrolhos
Paredes polidas de saudade
Untadas pelo óleo da traição
Construídas por tua maldade
Alicerçadas na minha ilusão
No céu já não existem mais estrelas
O vento fala apenas de solidão
Soprando as brasas das mazelas
Que ainda queimam em meu coração
Mesmo encharcado pela tristeza
Não quero mais sofrer amiúde
Buscarei nos versos a beleza
Resgatarei a felicidade do ataúde
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Eis a tua poesia que mais apreciei até hoje...
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