quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Abismo da Alma

A tristeza cai feito chuva
No profundo vazio de minha alma
Formando uma poça turva
Que reflete minha dor sem forma

Ela não olha nos meus olhos
Ela não escuta meus lamentos
Alimenta-se de meus sofrimentos
Aprisionando-me sem ferrolhos

Paredes polidas de saudade
Untadas pelo óleo da traição
Construídas por tua maldade
Alicerçadas na minha ilusão

No céu já não existem mais estrelas
O vento fala apenas de solidão
Soprando as brasas das mazelas
Que ainda queimam em meu coração

Mesmo encharcado pela tristeza
Não quero mais sofrer amiúde
Buscarei nos versos a beleza
Resgatarei a felicidade do ataúde




.

Um comentário:

Muito obrigado por sua opinião.