domingo, 1 de setembro de 2013

Natureza Fúnebre

Ela floresceu ali na guia
No vão de uma pedra fria
Enquanto o sol se erguia
Numa madrugada sombria

Um ponto de cor no cinza
Na cidade totalmente vazia
De um povo velho e ranzinza
Que a dias não mais existia

A primeira a fincar raízes
Na velha selva de pedra
Cheia de mortos infelizes
Ocupando a inútil êxedra

Não há olhos para vê-la
Ninguém sentirá seu perfume
Uma homenagem singela
Da natureza incólume

Foram tragados pela guerra
Numa batalha sem nome
Por inimigos de outra Terra
Que de ódio tinham fome



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