sexta-feira, 27 de junho de 2014

Eterno Crepúsculo

Dentro de seu profundo poço
Ela vomita toda sua ignorância
Não vê que está pele e osso
Um contorno sem substância

A mentira ela verga
Seu último subterfúgio
Na dor sem entrega
Um delirante refúgio

Um passado grotesco
De glórias inventadas
Um débito gigantesco
De gerações passadas

O bem nunca fez
O mal nunca combateu
Apropriou-se de vez
Do que nunca fora seu

Não dá o menor valor à vida
Acha mais valia na morte
O sofrer alheio lhe valida
Os louros de sua boa sorte

Só vive na grandeza
Sobre a pequenez alheia
Arrota Roma e Veneza
Sob sertaneja lua cheia

Insulada em seus sonhos
Não enxerga o fim dos dias
Dores e rancores medonhos
Na escuridão de horas frias




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