quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Chuva Mansa

Cheiro de terra nua,
Vento que sopra úmido e quente.
Mudança de faze da lua
E o sol arde na pele da gente.

As nuvens usam véus no horizonte,
A paisagem embaça atrás das mangas.
O céu em tons escuros de azul à frente
E o solo anseia pelas gotas largas.

No jardim as plantas esperam
E os pequenos insetos fogem.
Pelo lugar mais alto procuram,
Da morte certa eles correm.

A umidade no ar aos poucos aumenta
Seguido pelo som de infinitos pingos.
Então chega a manga d’água lenta
E o ar esfria carregado de respingos.

O asfalto quente gera vapor por minutos.
O óleo brilha levado pelas torrentes.
O sol fulgura no chão por momentos,
Até que as nuvens fecham o céu, imponentes.

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