quarta-feira, 2 de maio de 2012

Brumas

Estou perdido no meio das brumas
Entre o hoje, o ontem e o amanhã
Minhas asas já não têm mais plumas
Sou um anjo caído que provou a maçã
 
Vivo uma busca insana
Pelo que foi perdido
Uma saga quase humana
Sem nenhum sentido
 
Eu não queria provar a dor
Eu não busquei o sofrimento
Eu queria apenas viver o amor
Eu busquei apenas o sentimento
 
Mas com esse ato pérfido
Condenei todo um mundo
O céu não é mais límpido
Só há brumas ao fundo
 
Tenho saudade das estrelas
Do reflexo da lua no mar
E das cores em aquarelas
Que o sol trazia ao levantar
 
Como pode um planeta
Ser condenado comigo?
O que fez essa esfera abjeta
Para sofrer o meu castigo?
 
Agora não penso mais em mim
Não busco mais minha redenção
Quero apenas por um fim
No sofrimento deste orbe-nação





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