domingo, 16 de setembro de 2012

Lenda Urbana

A Balada do Ano
Com gente da hora
Este era o plano
Vivendo o agora
 
Músicas eletrizantes
Muita gente bonita
Bebidas excitantes
Sensualidade irrestrita
 
Dançando
Bebendo
Beijando
Mordendo
 
Amassos
Pegadas
Esfregaços
Enconchadas
 
Feliz e distraído
Sem atenção
Um comprimido
Em leviana mão
 
Minha bebida adulterada
Sem minha permissão
Minha mente alterada
Sem saber a intenção
 
Coração acelerado
Uma ereção de doer
Por prazer desesperado
Minha pele a arder
 
Encostei-me a um pilar
Completamente ébrio
E reparei naquele olhar
Sentindo um calafrio
 
Ela veio sorridente até mim
E sussurrou em meu ouvido
Agora estas pronto enfim
E pela mão fui conduzido
 
O mundo saiu de foco
Só ela então existia
Pensei que estava maluco
Em tudo lhe obedecia
 
Em uma sala escura
Tirou-me a camisa
Beijando-me com loucura
Meus mamilos ela alisa
 
Descendo e mordiscando
Despiu-me totalmente
Meu membro abocanhando
Com um olhar sorridente
 
Eu só conseguia me mover
Quando ela me mandava
Minha consciência era só prazer
Nada mais me importava
 
Em minha pele cravava
Suas unhas douradas
Enquanto me cavalgava
Com lentas estocadas
 
O primeiro orgasmo veio
Dilacerando a realidade
Impondo um devaneio
Vencendo a gravidade
 
Sobre meu corpo ela descansa
E me ordena que a abrace
A droga ainda impõe sua força
E meus braços fazem o enlace
 
Passado alguns momentos
Uma nova ordem – vire-se
Meu corpo fez os movimentos
Continuava eu a sua mercê
 
Pela minha orelha esquerda
Começou me mordiscando
Nuca, ombros, omoplata direita
Suas pernas me roçando
 
Pela minha coluna desceu
Até ao cóccix chegar
E onde o sol nunca bateu
Ela se pós a me beijar
 
Sua língua me penetrou
E o prazer me percorreu
Minha ereção retornou
Meu corpo estremeceu
 
Minutos correram devagar
Parecendo uma eternidade
Enquanto ela ficou a brincar
Com minha maior intimidade
 
Quase no auge ela parou
Já brincamos demais com o teu
Vire-se de novo - ela ordenou
Agora vamos brincar com o meu
 
E novamente ela me cavalgou
Mais quente e apertada que antes
Um prazer intenso nos engolfou
Estávamos loucos ou delirantes
 
E o segundo orgasmo veio
Banhado em suor e lágrimas
Senti-me partindo ao meio
Mente e corpo em lástimas
 
Veio então à escuridão
Abracei o esquecimento
Vergonha e violação
Meu ultimo pensamento
 
Nu e totalmente só eu despertei
Banhado em sangue, sêmen e suor
Meu corpo de novo eu controlei
Imaginando algo a mais de pior
 
Um dia todo havia passado
Segundo meu celular
Vesti-me todo apressado
E fugi daquele lugar
 
Nunca mais aquela mulher eu vi
Nunca contei nada a ninguém
Mas algumas histórias eu ouvi
Uma lenda urbana que se mantém


.

Um comentário:

Muito obrigado por sua opinião.