Lugar santo, quente e amorfo
Onde foi gerado o meu corpo
A segunda foi minha mãe amada
Pela violência ela foi levada
E a justiça me fora negada
A terceira foi minha inocência
Pela vida cheia de indecência
Mal chegando à adolescência
A quarta foram meus sonhos
Pelos deveres medonhos
Para obter os ganhos
A quinta foi minha vida
Por uma bala perdida
Numa disputa bandida
Agora sou uma alma nua
E estou diante do Infinito
Cumprindo a sentença crua
O meu santo veredicto
Agora sei que minhas perdas
Não justificam meus feitos
Agora as horas passam lerdas
Enquanto espio meus atos
Eu poderia perder tudo
Menos a minha alma
Deveria enfrentar tudo
Tendo a fé como arma
Forte. Um relato da dor de quem evolui compulsoriamente. Parabens.
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