quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Balanço

Lembrei-me de quando era criança
Alegre em meu balanço na aroeira
Vivia a vida numa eterna brincadeira
Sem distinguir espera de esperança

Ontem a desilusão ficou tão tamanha
Que deu saudades de meu eu criança
Queria poder de novo fazer manha
Mas para isso a vida não dá confiança

Caí no posso mais profundo
Onde cavei ainda mais fundo
Na escuridão perdi a razão
E também o medo da extinção

Na aroeira de tantas alegrias
Resolvi por fim ao meu sofrimento
Bastou uma corda e um bom momento
Matei as tristezas onde vivi euforias

Pensei que o balanço não mais existia
Mas agora estou nele e com alegria
E aquele eu triste está ali ao lado
Pelo pescoço ele está pendurado



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