domingo, 10 de novembro de 2013

Entropia Íntima

Estou vagando sem parada
Em uma noite interminável
Fazendo a vida sem morada
Por uma saudade inevitável

Preso em meio a um passado
Para o qual não posso voltar
Construções de um legado
Que nunca irão desmoronar

Quero escapar da realidade
Fugir desta gélida rotina
Sem esconder a verdade
A esperança é minha morfina

Um feitiço é tudo o que tenho
Vou cortar esta escuridão
O pecado original eu contenho
Sangro sozinho na multidão

Pesado é o fardo da melancolia
Tornando meu redor em ruínas
O mundo lançado na entropia
Sem direito a heróis ou heroínas

Em nada mais posso acreditar
Exceto naquilo que posso ver
Abraço a dor para me libertar
E para a justiça me favorecer

A realidade não mais importará
O pecado original destruirá a luz
O distúrbio nunca se findará
Ao apocalipse ele me conduz


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado por sua opinião.