São múltiplas linhas sempre paralelas
Começo e fim em longínquas eras
Com cores desde raras até singelas
Povoadas por inocentes, sábios e feras
Desconhecidos são seus propósitos
O pensamento não abarca essa esfera
Cria matéria da mais densa à etérea
E também seus próprios hemósitos
Dedicasse ao simples e ao belo
Também ao horror e ao complexo
Tudo tramado com o mesmo zelo
Abusando do côncavo e do convexo
Promove avanços no retrocesso
Destruindo para o novo surgir
Tira pura letargia do progresso
Matando para em seguida nutrir
É o bem em meio a escuridão
E também o mal no seio da luz
Semeia o amor e a solidão
Desorienta enquanto conduz
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