Entre a parede e a soleira
Seus passos apressados
São sempre sussurrados
Observa pelo meio das frestas
Aguarda em cantos escuros
Mesmo nos dias de festas
Ou nos de lamentos e urros
Sua hora é sempre oportuna
Seu ataque sempre certeiro
Não busca fama ou fortuna
Não se vende por dinheiro
As vezes recebida por dádiva
Noutras como uma maldição
Uma força feroz e primitiva
Que não atende evocação
Seu grande dom é a renovação
Incompreendida e renegada
A humanidade busca sua prisão
Mas à ela fora condenada
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