Movidos só pelo rancor
O ódio sempre à espreita
Nutrido pela razão eleita
Sem lógica ou justificativa
Pondo veneno na saliva
Deseja a morte sem descanso
Prefere a corredeira ao
remanso
Atormentando tudo que tem
vida
Provocando em tudo uma
ferida
Uma alma que perdeu o
encanto
Um coração que secou o
pranto
Os ouvidos não mais escutam
Os olhos não mais enxergam
Punhos e pés apenas lutam
Os lábios só ofensas vergam
Os pobres tolos retrucam
Enquanto os sábios abdicam
Palavras não o acertam
Gestos não o alcançam
Fechado para o universo
Morto para o progresso
Vítima do próprio ego
Faz de si um sacrílego
.
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