quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Argonauta

Vejo estrelas refletidas no mar
O silêncio é maior que a noite
O vento frio parece um açoite
Mas não há para onde voltar

A solidão me faz companhia
A morte perdeu meu rastro
Minha nau perdeu o mastro
E meu destino é uma ironia

A mente repassa as cenas
Que geraram essa agonia
Vividas numa manhã fria
Nas muralhas de Atenas

Os deuses me deram as costas
E a lua escondeu-se no poente
Agora sou só um sobrevivente
Boiando entre duvidosas rotas

As estrelas nada me dizem
Os ventos nada me trazem
Minha nau agora é baluarte
De minha alma em descarte



Um comentário:

  1. Uma poesia muito triste um amor sem esperança,que deve ser transformado em lembranças !!!!

    ResponderExcluir

Muito obrigado por sua opinião.