quinta-feira, 28 de maio de 2015

Tempestade e Penedo

A minha solidão se arrasta
Entre estas tristes melodias
Na escuridão de noites frias
Sem nunca saber onde está

Dissecando cada lembrança
Bebendo o fel de cada detalhe
E em cada gole surge um entalhe
Em meu coração sem esperança

Sinto saudades do mar aberto
De ter a luz do sol a me queimar
Poder encher meus pulmões de ar
Com cheiro de sal sempre perto

Mas já não posso mais navegar
Pois não só a quilha foi partida
Minha alma também foi perdida
Naquela última noite sem luar

E você foi a tempestade
E também o penedo
Que plantou o medo
E afogou a felicidade



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