quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Lamentos da Mãe Terra


Eu sofro com a tua inconseqüência
Feri-me mortalmente a tua ganância
Tu sabes, mas segues com eloqüência
Exercitando toda a tua repugnância

Consomes muito além do necessário
E ainda negas o básico a ti mesmo
Vivendo alguns poucos em suntuário
Enquanto milhares morrem a esmo

Já não suporto o peso dos teus pecados
Já não dou conta da pressão de tua ânsia
Já perdi a conta dos seres sacrificados
Já não sustento mais vida em abundância

Sinto que é chegada a hora de um basta
Sinto que devo refrear a tua arrogância
Cobrarei a conta de tua mais alta casta
E reconstruirei toda a minha exuberância




Um comentário:

  1. Realidade cruel.Tomara que exista mais pessoas que tenham essa vaga esperança
    que você alimenta. Que seja para ontem !!

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