Eu ouço passos lá
fora sobre as folhas caídas
E de repente o pânico toma conta de mim
Sons sinistros que rasgam o silêncio sem medidas
E eu trancado aqui numa paralisia sem fim
E de repente o pânico toma conta de mim
Sons sinistros que rasgam o silêncio sem medidas
E eu trancado aqui numa paralisia sem fim
Estou entre minhas coisas
amadas
Livros, discos, moveis e pinturas.
Os passos agora soam
nas sacadasLivros, discos, moveis e pinturas.
E são forçadas todas as fechaduras
Nenhum dos meus amigos seria tão impaciente
E eles não ousariam vir aqui nesta hora.
Mas gostaria que fosse um deles ao meu batente.
Assim não estaria vivendo esse pânico agora.
Eu os ouço movendo-se cada vez mais perto,
Sons abafados que vêm pela porta da frente.
Sinto que enlouqueço e algumas lagrimas eu verto.
Suas vozes são uma cacofonia demente
Aumentado o
nervosismo, estou perto de desfalecer
Eles devem saber agora que eu estou aqui tremendo
Em um terror geral,
meu mundo inteiro por desfazerEles devem saber agora que eu estou aqui tremendo
Não há escapatória agora e estou enlouquecendo.
Estas paredes novas testemunham agora toda a angústia e terror
Elas viram antes brilhar em meu rosto a esperança de liberdade
Mas agora eles me reencontraram e volto a viver esse horror
Irão me levar e ainda assim não é inesperada essa monstruosidade
Deus me ajude. Tenho esperado por estes visitantes.
Eu os ouço movendo-se cada vez mais perto.
Sinto que enlouqueço enquanto crescem as vozes destoantes
Entremeio o som do trinco da porta sendo aberto.
Agora eu os ouço
movendo-se, sons abafados.
Eles vêm pela porta.
São cinza e esqueléticos.Cabeças enormes com olhos negros ovalados.
Meu mundo esta caindo, meus nervos estáticos.
Deus me ajude. Tenho esperado por estes visitantes.
Suas mãos de três dedos me pegam com forte aperto.
Sinto que enlouqueço enquanto crescem as vozes destoantes
Não há como escapar agora e meu destino é incerto.
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