Vestida em belos tons de cinza e azul
Ela faz de cúmulos escuros seu chale
Dançando sobre as montanhas ao sul
Duas companheiras ela traz consigo
Uma esta livre e dança alegremente
Nutrindo a terra com seu poder antigo
Ela é a Vida e porta-se calidamente
A segunda vem cativa e muito furiosa
É a Morte engendrada em correntes
Uma delas é invisível, mas poderosa
As outras são douradas e flamejantes
Sobre o vale elas avançam a dançar
Cabe a Mata ser a primeira as receber
As arvores fincam raízes para esperar
E fecham suas folhas para não perecer
Algumas se curvam frente à beligerância
Outras se mantêm eretas em seu orgulho
Varias pagarão com a vida pela arrogância
A Morte como um falcão faz seu mergulho
A corrente invisível açoita a Mata
Galhos se quebram e ninhos caem
A Morte insaciável muda de chibata
As correntes flamejantes aparecem
Galhos explodem e copas queimam
O incêndio se espalha pela floresta
Mas a Vida e suas dádivas chegam
Apagando o fogo da Morte nefasta
Dançando sobre a Mata elas se vão
E chegam as margens do Grande Rio
Ele recebe o trio com muita satisfação
A Morte em correntes não lhe é desafio
A Vida nutre ao Grande Rio
A Morte assiste indiferente
Sobre seu leito dança o trio
Até que a Morte olha à frente
Há uma Dama de Ferro sobre o rio
Com um braço apoiado em cada margem
Seus pés estão fincados no leito frio
Dando há séculos uma segura passagem
A Morta lança sua corrente invisível
Mas a Dama de Ferro não se abala
A fúria da Morte fica mais terrível
E com as flamejantes tenta dominá-la
O fogo percorre os braços metálicos da Dama
E se perde por debaixo das águas do Rio
Cada joia de luz moderna que ela usa se queima
Mas seu corpo não sofre sequer um arrepio
A Morte frustrada se lança sobre a cidade
E joga sobre ela suas correntes flamejantes
Mas ali impera a ciência e a modernidade
Gigantescas agulhas prendem suas correntes
Sem o poder devastador das
flamejantes
Ela açoita a cidade com a
invisível correnteLixo, telhas e placas alçam voos alucinantes
Mas as construções resistem bravamente
A Vida também chega à cidade
Despejando nela sua dádiva
A dança continua em velocidade
A espera é a única alternativa
No solo impermeável da cidade
Não penetra a dádiva da Vida
Correntes formam em velocidade
E são tomadas pela Morte atrevida
Ruas inundam rapidamente
Afogando animais e pessoas
A Morte fica feliz finalmente
E a Vida cai em tristes nevoas
Mas a Poderosa Dama avança
Levando sua dança para o norte
O vale agora em paz descansa
Achando que teve muita sorte
...entre parabolas as revelações. Quanta imaginação! Parabens. Queremos mais!
ResponderExcluirMagnifica!!!!nossa sem palavras;demais;
ResponderExcluirparabens !!! gostei muito continue assim !!
ResponderExcluir