Pensamento inapropriado
plantado na mente por um ser escuro desconhecido pela sociedade.
Desconcerto sinfônico na
queda do véu de um anjo noturno sem missão aparente.Conversão em espinho envenenado com vingança ao desarraigar um estado de comodidade.
Tudo tem explicação quando ela caminha nas noites, tranqüilamente,
Buscando uma vítima que possa saciar a sede que gostaria de estancar por toda eternidade.
As ruas se fazem escuras ao
seu caminhar lento
E o calafrio é uma sensação
generalizada por onde ela passa.Assim narra qualquer alma que se digne a cruzar com esse elemento.
Seus passos são firmes porem suaves e com graça.
Suas mãos acompanham cada movimento
Que seu corpo realiza ao andar
Em busca daquele que esteja disposto no momento
A conhecer essa estranha criatura sem par.
Seu vestido de rendas negras e tule verdete
É tecido com fios de pesadelos inconclusos
E leva um bordado na altura do corpete
Com os nomes de cada uma das suas vitimas inclusos.
A maquiagem escorrida é parte de seu encanto,
Mas pobre daquele que se anime a olhar fixo em seus olhos
Que escondem a sombra da morte em cada canto.
Fazendo o suor brotar gelado em todos os poros.
Dizem que seus lábios se assemelham ao veludo vermelho carmim
E que foram pintados com um beijo do próprio Satanás.
Também falam de seu fiel companheiro nos passeios noturnos sem fim.
Um gato negro que segue cada pegada que sua amada dona deixa para traz.
Caminha com calma e observa com jeito
Cada ente corado de vida, dignos ou indignos.
Inclina a cabeça sobre seu ombro direito,
Sorri com maldade e estreita seus olhos malignos.
A caçada começa e ela escolhe uma vitima com esmeros.
Um homem que enfrenta um destino de flagelos
E agora se sente atraído pelos espíritos escuros.
De face e físico absolutamente belos
Que a fazem desejar brincadeiras com gemidos e sussurros
Se acerca dele com muito cuidado,
Caminhando ao seu lado durante um par de passos
E deixa cair seu pingente pesado,
Um diamante negro com ouro forjado em laços.
Rapidamente ele se inclina para apanhar a jóia
E se perde nas pernas daquela mulher de pele pálida
Ele sobe lentamente pego na tramóia,
Roçando ternamente as frias mãos dela com a sua cálida.
Ele tenta ante tanta beleza controlar-se,
Mas não consegue emitir som algum em rubor.
Gagueja toscamente para apresentar-se,
Mas ela cala seus lábios com um dedo indicador.
Ele se deixa levar até uma galeria a muito abandonada.
Ela tapa seus olhos com uma venda
E sussurra palavras inaudíveis que deixam a pele dele arrepiada.
Ela invoca sua existência maligna e convida desta vez uma menina
Para que observe aquele ato que esta por cometer.
Le indica que se mantenha em silencio e sorri com maldade ferina,
E a criança maldita fica quieta a obedecer.
Dando-lhe as costas ela se senta nas pernas de sua vitima
E coloca as mãos dele embaixo daquelas capas de tule profano.
Sente que ele aperta sua carne e se estremece numa onda legitima.
Se deixa levar e seus gemidos provocam a excitação total do humano.
Sua cadeira se contorce para traz e para frente,
Sentindo o prazer que quase a leva ao orgasmo.
Gira sobre si mesma dando meia volta e o observa calmamente,
Recuperando a noção do tempo e de sua missão com entusiasmo.
Com fúria e apetite voraz, crava seus caninos afiados no pescoço da vítima,
Saboreando cada gota de sangue que tenta de sua boca escapar.
Sem dar-lhe tempo de reagir, absorve com delicadeza aquela alma,
Que logo mais será parte de seu diabólico altar.
………………………………………
Ninguém ante seus encantos pode resistir.
Ninguém sabe como enfrentá-la nem como tratá-la.
Seu nome real ninguém foi capaz de descobrir.
Princesa da Escuridão é a alcunha que a muito se fala.
Todos só sabem que em noites de lua cheia o de eclipses lunares,
Ela sai a caçar e não ha alma que possa ser salva, em todos os lugares.
…………………………….
Um corpo. Um cadáver. Um pedaço de carne sem vida.
Vermes e fungos nauseabundos em carne apodrecida.
Um algibe que esconde os lamentos de uma alma perdida.
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