Imploro a Virgem em meu banheiro
Que ponha um fim em meu
tormento
O esqueleto de lagarto anda
o dia inteiro
Privando-me do sono lento
As bonecas negras e o crânio
fazem troça
De minha cabeça em fragmentos
Uma de minhas orelhas coça
Mas onde elas estão nestes
momentos?
A Deusa Indu me aponta seus indicadores
direitos
Quinhentas acusações cheias
de afundamentos
Buracos criados por meus
atos impensados
Que vejo e revejo nos quadros
pendurados
O flamingo caça carunchos
nas paredes
No ritmo ditado pela minha
guitarra
Enquanto o urso abre sua
bocarra
Cantando versos sempre rudes
Cravei minha espada klingom
na cômoda
Depois de decapitar a boneca
nenê
Cogumelos crescem no sangue
da coitada
Eles alimentam o pônei
maldito rosa bebê
Os dados travam uma batalha
Em lados opostos de minha
cama
Com sua boca de fornalha
O Dragão defende a Dama
Ela envasou a minha razão
Dentro do jarro chinês
Espero a morte desde então
Para recuperar a lucidez
A cruz de meu tumulo já me
espera
Próxima da porta do banheiro
Só me falta uma poesia sincera
Para compor um epitáfio
maneiro
.
Caros leitores de Poesias
Amadoras.
Este texto foi mais um desafio
da comunidade “Caderno de Rascunhos” do Google+: Escrever um texto tendo por
base a imagem acima.
Segue abaixo os textos de
outros escritores da comunidade.
.
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