quarta-feira, 26 de junho de 2013

Libertação

Até ontem eu estava preso
Numa vida que não escolhi
Meus desejos em desprezo
Pelos outros eu me encolhi

Uma solitária caminhada
Pelas felicidades alheias
Minha alma amordaçada
Enquanto outras teciam teias

Realizando sonhos estranhos
Para agradar falsas paixões
Seres de egoísmos medonhos
Que me davam apenas ilusões

Mas o vazio foi crescendo
Minha alma se rebelando
Meu coração morrendo
E meu tempo passando

Então pela primeira vez
Eu pedi algo por mim
E me olharam com altivez
Desdenhando o meu fim

As ilusões então se esfarelaram
A tristeza mostrou-me a sua face
A verdade meus olhos enxergaram
E meu coração desfez o enlace

Abandonei meus algozes
Seguindo novos caminhos
Aos meus sonhos dei vozes
Sem temer pelos espinhos

Agora tenho as minhas asas
Para alcançar aquele céu
Sem aquelas emoções rasas
Que só me traziam fel



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2 comentários:

  1. Esta pesia ate se parece com minha vida,aos poucos vou me encontrando,e entendendo os porques da vida,linda poesia,obrigda amigo.

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  2. arquiteta Walnice Zuffo26 de junho de 2013 às 19:39

    Analogamente contemporânea da situação de todos os brasileiros, ou não? Como sempre: atual, simples e perfeito. Parabens.

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Muito obrigado por sua opinião.