Intentas solitária pelo mundo
Vergando palavras sem sentido
Perturbando o sossego moribundo
De quem não atina o tempo perdido
Sofres pela esquerda e pela direita
Rogando pragas de fossos profundos
Julgando o mundo como sendo perfeita
Desvirtuando teus reflexos imundos
Deliciasse da desgraça alheia
Da sorte queres um triunfo
Desdenhas da morte que te anseia
Desejas o amor sem ter o trunfo
Nada cresce em teus passos
O sal aflora pelas grotas
O pó preenche os poços
O fogo emerge das brotas
És o horizonte de eventos
O lugar onde a esperança falece
O terror dos últimos momentos
A hora da derradeira prece
Para os incrédulos um fascínio
Para os caídos uma perdição
Para os temerosos um vaticínio
Para os virtuosos uma tentação
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